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MEIADESFEITA

Este é um espaço de temática aberta, conforme a inspiração do dia (Todos os direitos dos poemas são reservados por direitos de autor)

Este é um espaço de temática aberta, conforme a inspiração do dia (Todos os direitos dos poemas são reservados por direitos de autor)

O Paladar a Rimar

 

 

O dia estava cinzento, pardacento

e um desafio de amigo, sem mal-dizer

pôs meu paladar a cantar, de prazer...

 

 

De entrada, uns pimentos a saber a alho

Logo seguidos  de coentrada...no ponto

Veio a orelha assada, de azeite regada

E uns miolos de pão, com migos...

Sabem o que são os amigos...ou amigas

Aparecem por vezes às comidas

Um belo conjunto se arranjou:

Umas migas gatas, quem não provou?

E uma gata amiga, em dia de bom astral

olhos verdes catitas, em duas faces roliças

de tom avermelhado e alegria ao natural

rica no feitio...nada de coisas postiças

...Só vos digo...tudo esteve divinal...

A comida, a conversa...

E na despedida, não havia pressa

 

 

 

 

Vidas perdidas...adiadas

 

 

 

 

bibliaonlineO Sofredor

 

De página em página, alma a alma

Vejo  corações desfeitos, a latejar

de dores sofridas ou por sarar

E é difícil aconselhar calma...

Quando esta se não tem, a sobrar

pois cada um de nós, tem sangue a jorrar...

De dias sofridos, gritos abafados, corações esmagados

 

 

Mas porque sofremos tanto..

seremos nós maus seres, desprezíveis?

Os amigos dizem que não...quem nos conhece adora-nos

Em mais de uma ocasião...

 

O que nos aconteceu então?

a solidão esmaga e o desafecto

 

Porque se  torna a vida tão dura...

Em certos dias fria como a sepultura?

 

 

automatismos....

Meus dedos, rijos, passam pelo teclado

como autómatos programados, frios

obra de silêncios e tempo bem amargo

por não saber contrariar  o fluxo dos rios

E como a água não passa,de certo

 duas vezes pela mesma ponte

Suspiro e anseio pelo campo aberto

cumulo de meiguices de certa fonte

 

O melro a melodia matinal repetia

repenicava a ode mágica de outrora

Gozava por mim a alegria da aurora

quando noites e dias, o ouvia

Os dedos insistem e persistem

Ousam querer ou sentir de novo

o cantar dos melros que existem

Naquelas moitas e na boca do povo

Na lareira...a dormitar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ondas leves e ternas de tentação

Com magnetismo invisível

Mas sensível inclinação

 

Um estar melancólico, só

Sem sentimentos de tristeza

 

                                         que rico quentinho, uma beleza

 

Fim de semana com tempo

Para tudo e para nada

Um pouco de preguiça

 

Um lento recuperar

De dias magoados

Sonhar

 

Mas vamos à vida…certo?

Assim se envelhece

Devagar

 

O que é esta vida

Cheia de nadas

Uns dias com sonhos

Outros com dores

Nossas ou

De horrores

Sofridos por alguém

 

Viver, sofrer

Ver sofrer

Sentir dor e amor

Tristeza e alegria

Choro e fantasia

 

Qual o sentido de tudo?

Feliz?

Nem o cego, surdo e mudo

 

Viver, sentir e sonhar

E esperar acordar...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os cinco da Nazaré

 

Desgraçados os dias dos desgraçados

Caídos na desgraça

por nascerem em terras sem graça...

 

Desgraçados à nascença,

desafortunados por maus agoiros

E assim condenados:

Não nasceram como gente gira

Sendo dispensáveis,sem honra ou pudor

Como lixo, do neo-libral eurovalor

Sejam da Nazaré ou de Odemira

 

 Homens de trabalho, honesto e duro

dos antigos, descendentes de D.Fuas

ou alentejanos, das antigas galés 

que não temiam nem ventos nem marés

e este Portugal edificaram, forte e puro,

Mas que certos mafarricos, neo liberais

aos corvos os atiraram, eram de mais...

 

 

 

E aqueles cinco, nas amarras, ao frio

Durante horas cinco,

se agarraram com afinco

E esperaram, esperaram, com denodo

Mas so vieram  cobardes e o capitão louco,

 que da honra militar tinham pouco

Os cinco da Nazaré  se afundaram

chamando irmão ao mar, valentes

ou olhando a morte na cara, sem temor

Com o corpo bem suado, glória ganha

Achando a sepultura  suave e digna

Como viram fazer seus pais, imortais

Preferiram a morte à desonra, à ignominia

de verem tanto bem falante,

oficial e comandante

a discutir, a medir quem era o  importante

e se valia a pena gastar um euro avante

Oh triste Pátria...Oh que desdita de marinha

Tanta história, tanto sangue derramado

E agora, que triste fado...uns pigmeus

Sem hombridade,nem amor têm pelos seus

 

Arrelias


Ainda não te apanhei a jeito, para conversar contigo a preceito...
Sei que dás loas e entoas , sons e versos de pasmar, ideias de encantar e ...coisas de para além do mar.
Não ligues a este louco, perdido no sul, só, na imensidão do espaço e no meio da multidão de solitários, que apesar de gregários, preferem viver consigo mesmos, com dignidade e austeridade...Nada tenho para ofertar, se não esta simplicidade de vida, em comunhão oferecida, num segundo ou minuto de fraternidade, não importa a idade, a cor ou a qualidade...Apenas quero viver e conviver neste espirito fraterno, de quem só vê qualidade na convivialidade.Não procuro mulher, enganos ou desenganos...Apenas quero ser e conviver, autêntico, de cara levantada ao sol...se possível com outras almas inquietas, mas gregárias..gosto de mulher.Saí assim, nada há a fazer...e que mais me espera de arrelias?

Que fizeste da humanidade, senhor?

 Vim admirar e ver algo atraente.Um olhar intangível, mas inesquecível, como um iman que nos atrai.

Para fugir, daquilo que nos magoa. Procurei teu olhar...
E o nosso coração diz:
- Vai!
Admirar as mensagens de alguém, que merece um prece ardente, para aquecer o coração, que pulsa, pulsa, inquietação, e que pulsa e repulsa por ver tanta coisa indigna
Sente este desconforto...que cobre todos os  lados do mar e sente este coração pulsar, pulsar amor, carinho.. .Mas agora o coração chora de nojo, alergia, a tanta humana tropelia, ritmado com o universo, também ele inquieto, em revolução e evolução. Ele é o nosso destino, o não finito...O que falta ser dito.

Indignaste-te e gritaste:"Aquilo foi cruel, infame, obsceno!"

Vem e grita comigo:

_ O Sadam era cretino...mas aquele horror? Tanto desamor?O que fizeste da humanidade senhor?

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