automatismos....
Meus dedos, rijos, passam pelo teclado
como autómatos programados, frios
obra de silêncios e tempo bem amargo
por não saber contrariar o fluxo dos rios
E como a água não passa,de certo
duas vezes pela mesma ponte
Suspiro e anseio pelo campo aberto
cumulo de meiguices de certa fonte
O melro a melodia matinal repetia
repenicava a ode mágica de outrora
Gozava por mim a alegria da aurora
quando noites e dias, o ouvia
Os dedos insistem e persistem
Ousam querer ou sentir de novo
o cantar dos melros que existem
Naquelas moitas e na boca do povo