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MEIADESFEITA

Este é um espaço de temática aberta, conforme a inspiração do dia (Todos os direitos dos poemas são reservados por direitos de autor)

Este é um espaço de temática aberta, conforme a inspiração do dia (Todos os direitos dos poemas são reservados por direitos de autor)

Lição dos simples

 

 

Este mendigo,

é Cristo deitado,

exaurido,

pelos males do mundo sofrido,

na companhia de um simples,

um simples ser,

que em tal companhia se veio acolher.

E a perfeição está nos simples...

desgraçados na aparência,

mas fortes no querer

e na crítica à opulência.

 

Senti um bater de asa

 

Senti um bater de asa, na vidraça

E que graça!

Uma ave airosa, chegou fria

E carente

Dei-lhe abrigo, em meu coração.

E como pulsa meu querer,

De contente,

Imagino-te vistosa

De olhos verdes, atrevidos

Os seios recolhidos,

Ansiando pelo verbo acontecer

E a chuva bate loucamente.

O vento rodopia,

Uiva e pede atenção.

São fortes esses gemidos

De ais ou gritos de alguém,

A quem custa a contenção

Longe, longe

o amor anda em vaivém.

Sozinho, em afagos contigo,

Qual beija-flor, alinhavo versos,

De puro entretém.

Nesta tarde fria,

De vento e chuva que rodopia

Se enternece meu ser,

Ávido de mimos,

A necessitar de se aquecer.

É a saudade,

A recordar-te, com emoção

Algo bate na vidraça,

E que graça,

O vento não traz maldade

Apenas despertou com vivacidade

Uma grata e terna recordação


 

 

Pinga a chuva, em tua vidraça

Pinga a chuva em tua vidraça

 

e que graça...

 

Chove aqui, chove ali


Escorre água pelo telhado


nublado


Pinga em minha vidraça


E por tua graça,


teus olhos, de verde mareado

 

lindos, confiantes


aproximam


nossos olhares, distantes ...

 


Chove aqui, chove ali


Pinga em nossa vidraça


E que graça,


encontro em tua impaciência

 


Chuva é vida,


em teu olhar,


Vou espiar-te devagar,


um regalo morninho


pinga, pinga a cantar


chove de mansinho

 

 

 

 

 

 

Meu lírio roxo do campo

 

 

 

 

Eu te amo tanto, tanto

 

que a cada amanhecer,

 

é um novo encanto,

 

lírio puro e santo,

 

que planto por querer

 

 

 

Amanhecer com encanto lírico

 

Cuidando as flores, em teu olhar

 

Regando cada recanto em delírio

 

Oh  lírio puro, tremo em te tocar

 

E beijo a seda de teu seio idílico

 

 

 

pinto trovas, com a lua a raiar

 

em ti musa e sereia, puro encanto

 

raro enlevo no amor que planto

 

Aromas de lírio, eterno cortejar

 

de  rubras cerejas te vou coroar

 

Linda tela, com dotes de feitiço

 

Tu, enfeitada, acreditas nisso?

 

 

 

Oh Beja distante, aí plantei meu querer

 

No encanto de fruta colhida a namorar

 

  Cerejas maduras, teus brincos a brilhar 

 

 Vida  saborosa, com eterno amanhecer

 

 

 

 

 

 

Alentejo, terra de borboletas

 

Silêncio e  solidão,

não quero não…

Meu Alentejo, quero teu pão

Minha borboleta, quer dançar

ou voar, na calma de um sonho

Seja Inverno ou Verão

Ofereço-te a luz da planície

A calma

A ilusão,

o sonho,

A dança e a contra-dança

o abraço, feito esperança

Um tango bordado,  na perfeição

O mar está mesmo ao lado,

Aventura madura

Um consolo,

Vamos à bolina.

A vela te espera,

com jeito e bem segura.

A caravela navega,

Barca bela, de seda fina

Sonho lindo,

E o mar está bem lavrado

O luar move-se, meu aliado

Ilumina-te a alma, de meiguice

Sol e lua, o amor em teu lado

Que belo o ninho, já o disse

Meu afago doce, de ternura

Sinto carinho, sol em teu olhar

 

A noite corre, em mansidão

Miro a beleza terna e a alvura

Beijo o luar em teu coração

Minha mão, tua alma segura

Este é o canto, de puro encanto

Oh Alentejo da doce ventura

Nos dás o pão, nós o coração

doce troca, no forno de cozedura

 


 

 

 


Poema do insólito

 

 

 

 

No silêncio da noite

Só, mas não só,

insólito

Divagava e recordava,

Amava,

na solidão

Contigo entretido,

Larguei um gemido.

 

No silêncio da noite,

de amores perdido,

egoísta,

ciumava

contigo distante

Ciumava,

na solidão

contigo confundido

 

No silêncio da noite,

roído de desejo

teu beijo esperava

e para teus olhos olhava,

sonâmbulo,

no instante

contigo suspirava

 

No silêncio da noite

Um beijo me deste

bem ardente

Sonhava, sonhava

Adormeci , só,

mas não só,

com esse carinho

 

No silêncio da noite

O amor se consumava

Ardente,

entretido contigo

Sentia teu olhar felino

Ronronava

 

Insólito

 

 

 

 

Meu cherry...

 

Minha cereja divina,

de tão sensual


Por fora rubra,

cheia de louca paixão


Por dentro, um cherry  de licor
Não sei se o meu se o teu amor,

natural
Eu imagino e sinto-me em ti,
teu amor
ou teu licor?

 

Meu botão de estimação

Minha fruta madura, encarnada

Teu toque, tua leveza,

 

ao natural

 

Teu ser,

minha bebida espiritual

Toco a cereja, com o labio e a mão

Sinto o fragor

a doce tentação

 

Estou à procura de licor, sensual

Mordo ou não?

 


 

 

 

 

Tua vida bordada na minha

 

  

 

 

A ternura bordada em vida minha

 

Tão meiga e linda, cheia de doçura

 

Leva-me a beijar a delicada linha

 

Da musa e fada  que fez a costura

 

 

Vidas bordadas em linha de seda

 

Pano e linha, unidos na perfeição

 

Projectos comuns vividos, oh fada

 

Realidade e sonho, vidas em união

 

 

Sentir tua linha, em mim bordada

 

Sinto-me abrigo, de teu bem querer

 

clara luz, a iluminar nossa jornada

 

tua cálida meiguice hei-de merecer

 

 

Bordaste em mim, amor e carinho

 

O coração cintila, de pura gratidão

 

O pano que cozeste oferta o ninho

 

Venha a linha, casar com o botão

 

 

 

 

Mãe, recordação com emoção

 

 

 

 

 

                                                                                       Mãe, agora saudade,recordação pura
 

outrora carinho, dedicação, tudo dado

 

Te foste da vida, tão cedo, coisa dura

 

Ainda tenho medo, estou ainda gelado

 

 

Mulher e mãe, uma grata criação divina,

 

Vos superais em cada acto, em amor

 

Forte, corajosa, mesmo a pequenina

 

Dádiva maternal, mais bela que a flor

 

 

Em segredo, digo à minha que a adoro

 

Todos a temos ou tivemos, um consolo

 

A minha é recordação, por isso choro

 

 

Grata recordação e com pertinência

 

Vou tentar ser o homem que querias

 

correcto e amável, justo na convivência

 

 

 

 

 

 

 

Luz, sol e lua...na fonte viva, alma minha, alma tua

 

 

 

Dia e noite

Noite e dia

Ou à hora do meio-dia

revivo, bem acordado,

Divago…

Recordo a cor do sol

E aquela fonte viva,

Paraíso de mil cores

Raro lugar, para amores

Nela, dos calores te libertei

E dos amores, delirei

Teu rosto iluminado

Me via, esperançado,

Abençoado com teu olhar.

As almas pairando,

Como se acariciando

A natureza em redor

Observava com bonomia

O carinho que via

Naquele dar-se de amor

Cantava a fonte e dizia:

- De amor, sei que vos amais!

Limpai vossos temores,

Esquecei vossos horrores

Esquecei os rumores

de quem mal  vivia,

Vede o amor dos pardais!

Na árvore defronte,

Abalaram os demais

Nos abraçámos os dois

Com o aplauso dos pardais.

As carícias vieram depois

E que dizer de teus ais?

Naquela fonte que te lavou

As cores ao redor, tudo pasmou

Com tanta formosura tua

com o mel de teu olhar, fascinando

tanta candura  e formosura tua

Mais ninguém se dessedentou

A não ser o sol e a lua

a luz a  vai iluminando

alma minha, alma tua

 

 

 

 

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